ORGANIZADOR

terça-feira, 22 de novembro de 2011

TALENTOS NOTÁVEIS

CAPA COM A ILUSTRAÇÃO DE AUDIFAX RIOS  - TALENTOS NOTÁVEIS 7ª EDIÇÃO
SANTANA DO ACARAÚ/2011

Santana do Acaraú está sempre revelando jovens escritores e poetas, que num futuro próximo poderão vir a ser conhecidos por suas obras no Estado do Ceará ou até mesmo no Brasil, mas isso se tornaria mais fácil se houvesse apoio e incentivo, e é isso que o Colégio Santanense com sua tradição aliada ao futuro está fazendo ao realizar o momento dos "Talentos Notáveis", cerimonia realizada anualmente, onde são apresentadas, lançadas e publicadas em livro próprio, as obras escritas por alunos do Colégio, e em 2011 foi sua 7ª edição, orgulho não só para os que fazem o Colégio Santanense, mas para toda a comunidade de Santana do Acaraú, pois são nossos jovens se destacando na prosa e poesia. A 7ª edição dos "Talentos Notáveis", realizada em 30 de outubro de 2011, no Alcione Club, teve como escritor homenageado o nosso ilustre filho da terra, José Adirson Vasconcelos, "O Historiador de Brasília", conhecido assim por já ter escrito vários livros sobre a capital do nosso Brasil, pois desde 1957 ele anda por lá, e lançou seu primeiro livro em 1960, "O Homem e a Cidade", além de escritor é advogado, jornalista e formado em Administração e História, é mais um conterrâneo de Santana do Acaraú que se destacou nacionalmente, para orgulho nosso. Vejo o Colégio Santanense prestigiar os Talentos Notáveis e fico pensando, por que não estender esse belo trabalho para os alunos da rede pública do Município? Seria totalmente oportuno e importante para nossos jovens que possuem menos condições e oportunidades de demonstrar suas capacidades, nossa Santana do Acaraú ainda tem muito a descobrir quando o assunto é arte e cultura. O Colégio Santanense, o qual fui aluno, em sua história sempre teve iniciativas importantes, mesmo quando ainda era Centro Educacional Cenesista Santanense, fazendo parte da CENEC. Fica aqui registrada a minha eterna satisfação por ter concluído meus estudos nesse Colégio, pois ele continua dando exemplos de como incentivar a Educação e a Cultura, e quem sabe um dia possamos ver isso em nossas escolas públicas.

Vejam só a poesia de um aluno do 1º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Santanense, mostrando o conhecimento de nosso folclore e também a literatura infantil.

Chico e a mula sem cabeça

Chico Bento saiu
com um lampião
pois, estava escuro.

De repente
apareceu uma mula
sem cabeça e
Chico se assustou.

Chico Bento
jogou o lampião,
saiu correndo e
a mula ficou
apaixonada
pelo lampião.

Fabiana Oliveira Souza - 1ª Ano (Ensino Fundamental)

A arte da poesia de nossos jovens escritores do Colégio Santanense também foi usada para homenagear nosso ilustre conterrâneo de Santana do Acaraú, Adirson Vasconcelos, desta vez por um aluno do 2º Ano do Ensino Médio, revelando habilidade na rima, dava até pra transformar em repente.

Brasília - A cidade de Adirson

21 de abril de 1960,
Aqui começa sua história.
Brasília, o início de um sonho,
O início de uma vitória

Um vasto e imenso horizonte,
Viu-se uma luz se abrindo.
"Na solidão, sejo uma alvorada",
Assim disse Juscelino.

Com o arquiteto Oscar Niemeyer
Lúcio Costa, ela urbanizou.
O presidente que no Planalto Central pousava
Um desafio ele imaginou.

"O senhor vai mesmo construir Brasília?",
Perguntou Lott, o General.
Em setembro de 56,
Para o plano piloto, vem o edital.

E o sonho foi realizado, 
Da aventura nasce Brasília.
Com conceito simples e universal
Do complexo veio a maravilha.

Mas essa história não está completa,
Falta um historiador e advogado;
Um administrador de empresas;
Um pesquisador incansável.

Falo de José Adirson,
Um nome na literatura.
Viu Brasília nascer,
Contemplou o ápice de sua cultura.

Conseguiu ser Cidadão
Honorário de Brasília;
Além de outras condecorações,
Foi orgulho de sua família.

Foi assim que, na capital,
Manteve-se popular.
E com nível superior
Conseguiu se destacar.

E assim relaciono
Adirson à capital.
E mesmo morando longe,
Sente falta de sua terra natal.

Mas é lá que ele mora,
Naquela digna cidade,
E foi lá que ele aprendeu
O Princípio da verdade.

Brasília é uma bela cidade, 
Assim como um homem sonhou;
Um futuro com olhos abertos,
Assim ele deslumbrou.

Hoje é, sem dúvida,
Uma grande atração.
Brasília, capital federal,
Está em nosso coração.

Anderson Pereira dos Santos - 2º Ano (Ensino Médio).


Parabéns a esses jovens escritores e poetas, para orgulho nosso, mostram que a cultura Santanense está bem viva, e estará para sempre, nessa terra que desperta as aspirações e inspirações de seus artistas.   

domingo, 13 de novembro de 2011

POESIA - CULTURA SANTANENSE I

iEis um de nossos poetas de maior destaque, José Alcides Pinto, "O Poeta Maldito", que nos deixou em junho de 2008, nessa data Santana do Acaraú ficou bem menos poética. Vamos apreciar  uma das grandes obras desse saudoso poeta santanense do Distrito de Parapuí (ou São Francisco do Estreito).

"Quando morre um poeta o mundo fica lastimavelmente mais pobre. Terrivelmente mais triste. Inevitavelmente mais feio". 
De Pedro Salgueiro, no Dossiê em sua homenagem no Jornal de Poesia.


Vamos conhecer um pouco sobre a trajetória de nosso poeta na coluna da então estudante do Curso de Letras da UEVA no Jornal Correio da Semana de Sobral - CE, "UM ESCRITOR DIFERENTE", Deusilene Rodrigues da Costa, de Coreaú.

Um grande nome da Literatura Cearense que merece destaque é José Alcides Pinto, autor de renome, escreveu obras admiráveis. Nasceu no dia primeiro de setembro de mil novecentos e vinte e três em São Francisco do Estreito, distrito de Santana do Acaraú-Ce, e faleceu em Fortaleza-Ce, no dia dois de junho de dois mil e oito.
Seu pai José Alexandre Pinto, era capitão de tropa de ciganos, e sua mãe Maria do Carmo Pinto, descendente dos índios Tremembés. José alcides Pinto diplomou-se em Jornalismo, em Biblioteconomia, fez curso de especialização em Pesquisas Bibliográficas, em Tecnologia e um Curso de História das Américas. Começou a trabalhar muito cedo como jornalista, foi colaborador em vários jornais, revistas e em toda a imprensa de Fortaleza.
José Alcides Pinto estreou na Literatura Cearense em 1950, com a obra “Antologia dos poetas da nova geração”. Contribuiu significativamente para nossa literatura. Escreveu, com talento, romances, teatro, novelas, ensaios, poesias e foi crítico literário. Ganhou o Prêmio José de Alencar da Universidade Federal do Ceará pela produção de Romance e Conto em 1969 e é o principal responsável pela introdução do Movimento Concretista no Ceará.
Em suas obras, José Alcides Pinto utiliza-se do sobrenatural, do magnífico, do fantástico, do absurdo, etc., isto é perceptível nas obras que compõem a Trilogia da Maldição: O Dragão (1964), João Pinto de Maria (1974) e Os verdes Abutres da Colina (1974), analisada neste artigo.
José Alcides Pinto recebeu o apelido de “maldito”, já que suas obras eram pautadas em elementos de desordem, subversão e refletia aspectos de uma visão satanista do mundo. Segundo a própria visão do autor, o artista é predestinado a ser maldito. Porém, a partir desse tipo de maldição, o autor também é predestinado a ser dito, ou seja, falado, assim muitas de suas obras obtiveram o reconhecimento merecido, e este autor mal dito passa a ser bem dito graças a seu talento.

Os Verdes Abutres da Colina: ingredientes de um “maldito”
Os Verdes Abutres da Colina, é um dos livros que compõe a trilogia da maldição. Estão presentes nesta obra aspectos como: o diabólico, o sagrado, a maldição do sexo, a morte, a paisagem alucinante, o real convivendo com o não-real, dentre outros. De acordo com Paulo de Tarso: “Aí está, enfim, o fantástico – uma narrativa que ultrapassa os limites da verossimilhança (…)”. (Os verdes abutres da colina, 2001, p.05).
O autor é de certa forma cúmplice de seus personagens, pois defende a tese desenvolvida por eles quando relata o porquê das relações incestuosas, motivo principal da maldição daquele povoado, que seria a lição: “(…) crescei e multiplicai-vos”, fundamento do livro de Gênese da Bíblia Sagrada, onde Deus, ao criar o mundo dá ordem para povoá-lo.
Observa-se também, a presença do extraordinário e da alucinação, um exemplo disto é o personagem José da Mata, que é um cego curandeiro, que possui uma mosca presa dentro de uma garrafa. Lembrando-se de que o Diabo era chamado pelos fariseus de Beelzebu, como em: “(…) Ele expulsa os demônios pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios!” (MATEUS, 12, 24). Na verdade, etimologicamente: “senhor das moscas”: Baal – Zebud.
Enfim, em seu livro acaba deixando transparecer nitidamente o ar demoníaco de suas obras, onde todas as características supracitadas aperfeiçoam o caráter extraordinário das obras de José Alcides Pinto: um escritor realmente de renome em nossa literatura.
______________________________________________________________________________________________

Confira também a coluna do nosso escritor e artista plástico Audifax Rios no Jornal O Povo (01/07/2011), "Meu tipo inesquecível XXV", dedicada a Alcides Pinto.


O tempo voa. Já lá se vão três anos que o poeta Alcides Pinto se foi. Será mesmo? Há pessoas assim que não nos deixam jamais. Figuras tão presentes, tão atuantes, pertinazes ao transitar em nossas conversas, atentas, alertas, a nos indicar caminhos, alegar exemplos, transmitir experiências. Deste modo ainda futricam o nosso cotidiano Augusto Pontes, Cláudio Pereira, Zé Domingos, Carlos Paiva, Luciano Barreira e Miranda... e o poeta maldito José Alcides Pinto.

Seu médico, seu biógrafo, Almir Gomes de Castro às vezes entrava em pânico e telefonava: dê uma chegadinha na casa do poeta, ele tá muito pra baixo e sua visita vai lhe fazer muito bem. E lá na casinha a Vila Cordeiro entrava com as tapiocas da Valda como passaporte, ô de casa, o poeta ribeirinho está vestido?... e ele abrindo a portinhola ainda nu de cintura pra cima, escancarando, sobretudo, o coração avariado.

A receita era simples, complemento dos placebos aviados pelo doutor Almir, leriado em torno das coisas e das gentes da ribeira: as últimas peripécias dos mentecaptos (e são muitos) que povoam o seu querido Estreito, notícias do primo Bá, propostas de compra das terras do Dragão pelo Antônio de Jesus que já lhe presenteara com o jazigo perpétuo. Relembranças do vigário Arakém da Frota, de há muito viajado, matriz do seu impiedoso Padre Tibúrcio, o cura d’O Dragão. O poeta ouvindo calado, falando aos poucos, por fim eloquentemente tagarela, abanando os braços, totalmente curado da momentânea depressão. Era hora, então, de devorar as tapiocas da Valda, batata doce e macaxeira enviadas daquelas lonjuras pelo Chico Pinto, o irmão querido que também abastecia sua despensa de feijão de vazante, traíra escalada, bandas de bode e mantas de carne seca. Quando o mano Chico se foi, seguiu-o outra banda do Zé, já tão minada pelas ausências da Paloma e da Belkiss. A outra metade era completada pelas presenças carinhosas de Jamaica, Artaud e Alessandra, seus mais bem elaborados poemas.

Enquanto isso em Terras do Dragão esperava-o o negro cruzeiro de braços abertos e garras de abutre, a saudar sua chegada em trajes franciscanos portando uma mala de beiradeiro e a última cabrocha conquistada à custa de versos que falavam de santas almas, cabras espevitadas e doces demônios. Como desabotoados estavam seus braços no daguerreótipo que escastoou com desmedida antecedência na dita gaveta mortuária ou vivificatória em cuja inscrição registrava, à priori, que jazia para todo o sempre.

Acompanhei quando partiu até sua derradeira morada. Caia a noite, descia a sombra do seu manto missionário sobre o céu do Parapuí, ou melhor estreito do São Francisco, pousava o silêncio em cada boca e em cada coração. Como se a própria poesia estivesse se aposentando por uns tempos. Os verdes abutres partiam em revoada rumo ao serrote do Mucuripe levado as últimas metáforas do bruxo velho. E todos ficaram órfãos do manto verde da sua musa tresloucada.

Porém os fantasmas não partiram, rondam a colina dos abutres perdidos, o morro dos Rocha, o patamar da capela do Pobrezinho de Assis, o campanário apocalíptico. O poeta sentado na calçada da mercearia defronte, olhando para a torre que aponta o céu promissor do qual tanto duvidava. Está ali como estátua de sal, o composto que eterniza as curimatãs prateadas do rio Acaraú, o espírito que humaniza sua poesia eterna.

José Alcides Pinto, poeta maldito, dito profano, no entanto sagrado, hoje, meu bendito tipo inesquecível.
______________________________________________________________________________________________

Para sempre na memória e no presente da literatura cearense, José Alcides Pinto. 

sábado, 12 de novembro de 2011

VALE DO CARNAUBAS, SERROTA DO MEU CORAÇÃO

CAPELA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA NA LOCALIDADE DE SERROTA

O nosso ilustre santanense, Senador João Cordeiro, deu seu nome a uma terra fértil de gente trabalhadora e de fé, o Distrito João Cordeiro em Santana do Acaraú é compreendido por várias localidades, entre elas a querida Serrota, lugar de homens e mulheres de bem que estão sempre lutando pelo pão de cada dia e uma vida melhor para todos, com muita fé no peito, manifestada nas festas da Padroeira Nossa Senhora de Fátima, que ocorrem sempre no mês de outubro de cada ano, atraindo os moradores de todas as comunidades vizinhas. Ter fé não é apenas acreditar em Deus, é também querer o bem do próximo, e juntos o povo da Serrota lutaram por sua fé e construíram sua capela, e desde então continuam a luta reformando sempre que necessário, sendo que várias vezes a própria comunidade se encarrega de juntar os recursos necessários para as reformas, inclusive mão-de-obra, que não é problema para eles, a última obra na capela foi a construção do Cruzeiro, realizada em apenas dois dias, 16 e 17 de agosto de 2008, totalmente custeada e trabalhada pela própria comunidade, mostrando que a união é a melhor solução para o mundo, e seguem suas vidas de desbravanças no sertão santanense da Serrota, que nos contempla com sua natureza privilegiando uma vista diferenciada dos topos ao redor de Santana do Acaraú, de um lado a Serra da Meruoca, Serrote da Rola, Mucuripe, Serrote Santana e Dois Irmãos, do outro o Serrote Branco (ou Serrote Barriga), Serrote do Pistola e ao fundo a Serra da Itapipoca.

UMA DAS VISTAS QUE PODEMOS APRECIAR DO VALE DO CARNAUBAS NA SERROTA, O SERROTE DA ROLA E MAIS AO FUNDO A SERRA DA MERUOCA

No Sítio ou Localidade de Carnaubas, que fica na Serrota, a natureza propiciou o local adequado para a construção de um sonho que se estendia por mais de 100 anos, o Açude Carnaubas, que hoje se tornou uma das maiores riquezas do município de Santana, podendo matar a sede e abastecer diversas famílias nas localidades que compreendem seu vale. O nome não poderia ser diferente, pois a região é farta de carnaubas, e sua barragem ficou ao lado da localidade de Carnaubas, as obras se arrastaram por muito tempo, e os moradores da Serrota passaram por um susto no ano de 2008, quando o grande açude esteve próximo de quebrar sua barragem, mas ninguém perdeu as esperanças, mesmo quando o engenheiro afirmou que "só Deus salva esse açude", e foi com Ele e Nossa Senhora de Fátima que o povo da Serrota se apegou, e por fim acabou tudo bem, foi mais uma vitória da fé de um povo que luta dia a dia, parabéns a Serrota, o Carnaubas está ai firme e forte depois de tanta espera e soma de esforços, esforços que são vistos até hoje, quando os homens e mulheres da Serrota pegam no cabo da enchada e vão tapar buracos na barragem do açude e outras coisas mais, tarefa que poderia muito bem ser efetuada ou apoiada pelos agentes públicos, pois esses cidadãos que estão sempre indo a luta pagam seus impostos. Essa comunidade sempre será lembrada nos corações de quem a conhece, é a Serrota do meu coração.

EM BREVE A HISTÓRIA DA CAPELA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA DA SERROTA!   

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ARTISTAS DA MUSICA - CULTURA SANTANENSE

Em sua diversidade cultural, Santana do Acaraú possui vários músicos que expressam sua arte de todas as formas que a música exige, e não seria diferente na composição e na viola, em destaque Raimundo Nonato Costa, violeiro de nascença, cantor e também compositor de belas canções, veja a história desse grande artista santanense do Riacho dos Porcos.


Raimundo Nonato Costa é um típico escorpiano: teimoso, possessivo e perseverante!  Com ele não tem meios termos: ou ama ou odeia, ou fica por inteiro ou vai embora. Na sua vida não há espaço para a dúvida nem a indecisão.  É o nono, dos dez filhos dos agricultores dona Augusta e Manoel Alexandre.
Nasceu em Santana do Acaraú, interior do Ceará, no dia 12 de novembro de 1969, precisamente no Sítio Riacho dos Porcos.  Anos mais tarde mudou-se para o Sítio Camará. Com 13 anos, ele deixou aquele lugar. O Sítio Camará era pequeno demais para abraçar o seu talento. Decidido, partiu, levando na bagagem: a viola, as emoções e lembranças que alimentariam os sonhos em busca de suas realizações.
Usou a força de seu caráter como bússola para lhe guiar rumo à conquista de seus objetivos. No caminho que traçou para si enfrentou muitas batalhas. Lutou muitas lutas. Foi moldado a ferro e fogo, a pão e água, sublimado em riso e pranto. Todos os obstáculos encontrados no caminho foram cristalizados, ele seguiu firme, aprendeu lições, usou em seu favor, rompeu a concha, se reinventou.
Seguiu sua trajetória como um exímio repentista. Cursou Letras. Formou-se na vida e nos versos. Em 28 de julho de 1988 em Cajazeiras, ocorreu o fato que mudaria o rumo de sua vida: o primeiro encontro com Raimundo Nonato Neto, seu grande parceiro e amigo. No dia 10 de janeiro de 1992 a formação da dupla é oficializada, começando a partir de então um "casamento" de sucessos e uma seqüência de grandes vitórias e inúmeras conquistas.
Sua história de vida, tão comum aos milhares de brasileiros, filhos do Nordeste, nos remete a lição da pérola: que nasce do sofrimento, do atrito, dos pequenos ferimentos que lhe foram causados e se transforma em jóia preciosa.
Assim é Nonato Costa. Um artista admirável. Interessado na política e nos seres humanos. Diverso como convém a todo poeta. Uma pérola rara!
CONFIRA O SITE DE "OS NONATOS": www.osnonatos.com.br

EM BREVE ESTAREMOS REGISTRANDO AQUI ALGO SOBRE OUTROS ARTISTAS DA TERRA!

A NATUREZA DE SANTANA DO ACARAÚ - PARTE I

O município de Santana do Acaraú tem uma área urbana das mais arborizadas do Brasil, que compreende sua sede, em sua totalidade a cidade possui muitas riquezas naturais, com belas paisagens. Vamos conhecer um pouco da natureza dessa cidade, que deve ser sempre preservada e respeitada, por dentro de seu não tão grande território estão guardadas muitas riquezas, muitas diversidades, inclusive facilitando a produção agrícola, onde é trabalhado o principal produto do Ceará, o cajú, que se espalha por quase todo o município, dentre várias outras coisas que iremos ver ou lembrar. O reconhecimento e cuidado maior deve ser da própria população santanense, pois tudo isso fica em nossa casa, "a cidade formosa sob o céu azul", Santana do Acaraú. A seguir, algumas das riquezas naturais dessa cidade histórica.

Rio Acaraú


O Rio Acaraú nasce no município de Mosenhor Tabosa e banha várias outras cidades além de Santana do Acaraú, até desaguar no mar em Acaraú, podemos considerar que o rio é a maior riqueza natural de Santana do Acaraú, pois é principal fonte de abastecimento de água da cidade, e ainda nos contempla com suas belas paisagens. A importância do rio para Santana pode ser entendida em seu próprio nome, Santana do Acaraú, que é uma homenagem a Senhora Sant'Anna, padroeira da cidade, e o Rio Acaraú, que abastece e mata a sede da população, propiciando também o cultivo em suas margens, não só de Santana do Acaraú, mas de todas as outras cidades que ele corta.

Serrote da Rola


Além de ser outra bela paisagem de Santana do Acaraú, o Serrote da Rola é ponto importante na história da cidade, pois os registros existentes nas cartas de Frei Cristóvão de Lisboa confirmam que o mesmo esteve bem próximo de lá por volta de 1629, e fez oração por N. S. Sant'Anna, agradecendo por escapar de ataque dos índios Tapuias na Serra da Ibiapaba e pedindo proteção para o resto da jornada até o Fortim do Amparo, na ocasião ele prometera construir uma capela em homenagem a Senhora Sant'Anna, promessa que veio a ser cumprida muito tempo depois pelo Padre Antônio dos Santos da Silveira, num local bem mais afastado. No Serrote da Rola ainda existem escrituras rupestres que mostram um pouco do passado mais distante dessa região, evidenciando que o local sempre foi propicio para ser habitado, com o Rio Acaraú bem próximo e uma boa fauna e flora. Em tempos de chuva, podemos nos banhar nas maravilhosas bicas naturais que ainda jorram água.

Reserva Ambiental do Jacurutú


 Na localidade santanense de Goiabeiras temos a Reserva Ambiental do Jacurutú, que guarda fontes de águas preservadas, comprovadamente potáveis, e devem ser sempre preservadas. A reserva ainda possui vários cajueiros que embelezam a paisagem, também com uma fauna diversificada, com destaque para os macacos saguis, que habitam a região.

Serrote do Mucuripe


A Torre do Mucuripe, como é chamado pela população que mora em seus arredores, talvez possua a fauna mais diversificada de Santana do Acaraú, e também é área preservada, em seu topo está cravada uma placa de concreto posta pelo IBAMA, mas em primeiro lugar deve ser valorizado e preservado pelo próprio povo santanense, pois lá está guardada pela natureza uma grande reserva de mármore, onde muitas "pessoas jurídicas" gostariam de explorar, vamos sempre ficar de olhos abertos. O topo do Mucuripe já foi ou ainda é uma das melhores vistas do território do Ceará.


A foto acima mostra uma das belas vistas do alto da Torre do Mucuripe, observe no fundo o Serrote da Rola, virando paro o outro lado podemos ver as dunas da Praia de Jericoacoara.

As Carnaubeiras


É impossível falar da natureza de Santana do Acaraú, bem como de todo o Sertão Nordestino, e não falar das Carnaubeiras, que se exibem a vontade na paisagem do município, planta que tudo dela é aproveitado, e ajuda até na economia da cidade, pois em tempo de carnaubal a fartura é garantida. Na foto acima podemos observar as carnaubeiras em meio a paisagem da sede do município.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

JORNAL O POVO - COLUNAS DE AUDIFAX RIOS


Santana do Acaraú possui uma cultura bastante diversificada, sendo berço de escritores, artistas plásticos, músicos, teatro e etc., dentre esse leque de personalidades, está o escritor e artista plástico Audifax Rios, que já escreveu diversos livros e já produziu várias artes plásticas de conhecimento em nosso estado do Ceará, inclusive essa que ilustra essa postagem, que mostra o simbolo maior de Santana do Acaraú, a Igreja Matriz. O Jornal O Povo está publicando colunas do nosso ilustre artista santanense todas as sextas-feiras, na parte de cultura, onde ele aborda diversos temas, quase sempre envolvendo sua amada cidade no contexto, suas histórias sempre nos trás boas lembranças e muito aprendizado. Vamos sempre acompanhar as colunas de Audifax Rios, valorizar a cultura é respeitar a nós mesmos.

ESSE É NOSSO GRANDE ARTISTA, AUDIFAX RIOS



BOA LEITURA!

CAPELA ABANDONADA NA LOCALIDADE DE BARTOLOMEU - SANTANA DO ACARAÚ


Nunca foi totalmente esclarecido para todos os santanenses o misterioso abandono da Capela Coração de Jesus na Localidade de Bartolomeu em Santana do Acaraú. Sua arquitetura chama muito a atenção no meio do Sertão santanense, o que nos levou a ir até lá e ver com os próprios olhos, mas o fato mais intrigante, ou a pergunta mais pertinente, é o por que de essa Capela estar abandonada, totalmente esquecida, onde perfeitamente poderia estar em pleno uso pelas comunidades circunvizinhas em suas manifestações de fé e religião. Perto dali foi construída uma nova Capela, aumentando ainda mais as perguntas, por que não restaurar essa bela Capela abandonada e utilizá-la? A história mais consistente é que os donos das terras onde a Capela foi erguida, não aceitaram tal obra, cobrando um preço pela utilização da mesma, como o restante da comunidade não aceitou, ficou por fim o abandono desse grande monumento no interior de Santana do Acaraú, que hoje serve apenas como depósito de capim e outras coisas mais. Ainda iremos atrás de confirmações sobre tais fatos, inclusive buscar da Paróquia de Santana se houve algum esforço da mesma para que a Capela funcionasse e fosse preservada, a final, ninguém iria construir tal obra por um mero acaso, quem sabe em breve estaremos publicando a verdadeira história. 

MEMORIAL DA PARÓQUIA DE SENHORA SANT'ANNA


O Memorial da Paróquia de Senhora Sant'Anna, foi criado em 2007 no paroquiato do Padre Agnaldo Temoteo da Silveira, com o apoio do Professor Leandro Costa, que hoje é diretor do Memorial, orgulho para todos os santanenses ter um espaço que cuida da história de Santana do Acaraú, devemos acompanhar e apoiar o Memorial na preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e também Pré-Histórico de nossa cidade, que guarda muitas memórias do Município que tem uma trajetória histórica de muita relevância dentro da História do Ceará e do Brasil. Podemos seguir as informações e postagens no Blog do Memorial, que inclusive estão sendo publicados os capítulos do livro "O Município de Santana", e posterior comentário do Professor Leandro Costa, para melhor entendimento, ele que vem estudando e pesquisando os registros que possam confirmar cada vez mais essa bela trajetória, que revela a identidade de Santana do Acaraú, terra da intelectualidade, de uma cultura bem diversificada com escritores, artistas plásticos, músicos, teatro, lendas , culinária e etc. Parabéns ao Memorial de Senhora Sant'Anna, que já é registrado no Cadastro Nacional de Museus. Um grande abraço a todos os Santanenses. Link do Blog: http://memorialdasenhorasantana.blogspot.com/