ORGANIZADOR

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SANTANA DO ACARAÚ, FELIZ 2012 E MUITO MAIS



PROSPERIDADE A NOSSA QUERIDA SANTANA DO ACARAÚ

DESEJO MUITA PROSPERIDADE
A ESTE BERÇO DO CEU AZUL
NOSSA CIDADE
SANTANA DO ACARAÚ

JÁ CHEGOU O FIM DE ANO
TÁ CHEGANDO O ANO NOVO
E PODEMOS FESTEJAR
TUDO DE BOM PRA ESSE POVO

COM RESPONSABILIDADE
LEMBRANDO DESSA HISTÓRIA
149 ANOS, É SUA IDADE
DE CONQUISTA E MUITA GLÓRIA

ESSA É NOSSA SANTANA
DE IMENSO PATRIMÔNIO
TERRA DE QUEM AMA
O SEU VERDADEIRO SONHO

DE VÁRIOS FILHOS ILUSTRES
E DE GRANDES ARTISTAS
TAMBÉM TEMOS AS PAISAGENS
QUE EMBELEZAM NOSSAS VISTAS

SUA CULTURA É POR NATUREZA
VAI DURAR ETERNAMENTE
DISSO EU TENHO CERTEZA


Feliz Natal e feliz ano novo para todos os santanenses, vamos nos confraternizar sempre, nesse berço de aconchegos, nossa eterna Santana do Acaraú.

FÁBIO GOMES.
 

POESIA - CULTURA SANTANENSE II

Além dos escritores e poetas que já conhecemos e são conhecidos no Ceará e no Brasil, Santana do Acaraú possui vários outros que se mantêm no anonimato, mas que estão sempre demonstrando suas inspirações, brotando para nós vários poemas, crônicas e muito mais, são pessoas que não possuem ambições materiais e que mostram sua razão de viver através da arte da escrita. Nossa cidade foi agraciada com esses artistas que guardam suas obras para si mesmo ou para exibir aos demais no momento certo, o importante é que eles estão sempre inspirados, inspiração essa que é de natureza, uma natureza cultural herdada desse berço histórico, Santana do Acaraú. Vamos conhecer agora algumas das obras de um desses artistas santanenses que estão sempre inventando e reinventando, conheça o romantismo do poeta, compositor e habilidoso no artesanato, Tibúrcio Filho, "O Velho Tifa", assim chamado pelos amigos.


VERÃO DE AMOR
Tiburcio Filho

Caem lágrimas dos meus olhos por você,
Nesta tarde fria de inverno a chover.
Mas dentro de mim é verão de amor,
Sinto a tua falta em qualquer tempo que for.

Verão de amor em mim é solidão,
Meu amor se traduz em uma canção.
Pingos de lágrimas se vão ao chão,
Rolam pelo rosto e se vão.

O meu amor é como vento de verão,
Se vai em qualquer direção.
Hoje chove,amanhã talvez que não,
Não sei de quem será o meu coração.

Amanhã nem sei se vou te amar,
Se aparece outra pessoa no seu lugar.
Não tenho tempo para pensar,
Fim de amor a me machucar.

Já não tenho lágrimas para chorar,
Anoitece e nem a lua veio em seu lugar.
Verão de amor dentro de mim,
É o nosso amor que já está no fim.


NÃO DESISTI DE VOCÊ
Tiburcio Filho

Quando o sol se esconder,
Além das montanhas não aparecer
O brilho do seu último olhar,
Então a noite nascerá.

Logo espero que você
Me traga de volta o seu amor
Te esperando ainda estou
Não demore voltar.

A lua lá no céu
Brilha entre tantas estrelas
E sozinho aqui estou
Ninguém para me amar.

As lembranças suas estão
Em qualquer canto da cidade
Quer por onde ando na rua
Procuro por você.

Quer por onde esteja agora
A saudade te faz lembrar de mim
Ainda não desisti de você
Outra vez me aparecerá.



TODO O TEMPO DO MUNDO
Tiburcio Filho

Não sei porque
Sinto a sua falta
Quer onde estou.

Um vazio
Invade a minha alma
Se não estais aqui,comigo.

Preciso de você
Dia e noite
Te levar pra onde quer que vou.

Me sinto só
Sem sua companhia
Entre tanta gente.

Um estranho
Entre conhecidos
Se não te tenho aqui,comigo.

Divida comigo
Um pouco do seu tempo
Para o nosso amor.

Assim espero
Acabar de vez
Toda a minha solidão.

Meu bem
Quero ficar com você
Todo o tempo do mundo.

Se possível
Nunca
Nunca mais te deixar.

Meu amor
Eu te amo
Tenha sempre contigo esta certeza.


ASSIM POR INTEIRO
Tiburcio Filho

Abro,para você,
A porta do meu coração,
A qualquer hora que voltar.

Penso em você
A cada segundo que passa
Se não estais aqui,comigo.

A minha vida 
Antes eu tinha liberdade
Agora estou preso a você.

Meu amor
Por que eu fui te amar
Assim por inteiro

Agora é difícil
voltar atraz do que fiz
Nada vai mudar.

Só o tempo dirá
Quem sabe amanhã
Se vai ou não voltar para mim.





PRA FICAR COMIGO
Tiburcio Filho

Aqui na rua
Tudo parece estar normal
A ausência sua
Faz me sentir tão mal.

Onde você está agora
Nada me satisfaz
Pois o clima aqui fora
Me sufoca mais

Tanta gente a passar por mim
Sua ausência me faz
Fazer o que não estou a fim
Nosso amor em cartaz.

Diga o que eu faço
Não ter você é um castigo
Me diga o seu preço
Pago até pra ficar comigo

Manda a minha solidão ir embora
Fica comigo
Ainda é tempo e chegou a hora
Pra ficar comigo.



COMENTÁRIOS A RESPEITO DE MIM
Tiburcio Filho

Não vou me calar
De hoje em diante 
Vou falar
Do meu amor.
Vovê vai ouvir
A cada instante
Comentários 
A respeito de mim. 
Baby...
Vou seguir
A minha estrada sozinho
Entre espinhos
Achar uma flor
Baby...
Não quis receber
O amor que eu ttinha para te dar
Vou dar
Para quem bem merecer.


Essas são apenas algumas das obras desse artista santanense que tenho orgulho de ser amigo. Aos poucos, vamos conhecendo mais nossa arte e cultura, de onde saiu este tem muito mais, e terei o maior prazer de falar e registrar sobre esses artista que mantêm viva a arte e a cultura de Santana do Acaraú. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

UNIÃO DOS UNIVERSITÁRIOS DE SANTANA DO ACARAÚ (UNISA), NÃO PODE CAIR NO ESQUECIMENTO

FOTO: TIBÚRCIO FILHO

Na cidade de Santana do Acaraú a participação popular nas questões sociais sempre foi ativa, com a criação de associações comunitárias e entidades que pudessem prover a união de uma classe ou grupo de pessoas que lutam por um ideal. O ato de maior relevância nesse contexto foi a criação do Conselho Comunitário de Santana do Acaraú, "O Conselhão", que reuni a comunidade santanense para debater as questões públicas coletivas junto aos administradores e representantes públicos da cidade, contando com a presença de todas as organizações que existirem no município, sem dúvida o Conselhão mostra a vontade de um povo em participar e cobrar as ações coletivas. Outro grande exemplo disso é a União dos Universitários de Santana do Acaraú (UNISA), fundada aos onze dias do mês de junho de mil novecentos e oitenta e três (11/06/1983), por estudantes universitários que cursavam suas faculdades em Sobral - CE, e na época não existiam muitos recursos para que eles pudessem seguir suas jornadas em busca da formação, dai partiu a decisão de se unirem e lutar por melhores condições e continuar sonhando em exercer suas profissões, com dedicação e perseverança conseguiram um ônibus para realizar o transporte de todos os estudantes, depois de muita luta junto das lideranças políticas e outras mais da cidade, grande vitória daqueles jovens que aspiravam o futuro. 


Mas UNISA não se resumia apenas no ônibus que transportava os estudantes para as universidades de Sobral, e sim numa verdadeira união, que buscava o melhor para toda a sociedade santanense, contribuindo de qualquer maneira no desenvolvimento do município, conseguindo o título de utilidade pública municipal. Passado um certo tempo a UNISA veio se enfraquecendo, devido ao distanciamento das questões coletivas por parte das novas gerações de estudantes que passaram a se preocupar mais com a garantia de transporte aos seus campus de estudos, mas ainda merece destaque a criação da Semana Universitária de Santana do Acaraú (SEMUSA), movimento que reunia todos os estudantes da cidade, universitários e também os secundaristas, para realização de debates e cursos contando com as presenças de personalidades e professores, infelizmente esse movimento parece também estar extinto, pois já faz alguns anos que a SEMUSA não é realizada. Depois disso a UNISA não proveu mais ações sociais de grande relevância justamente pela falta de interesse dos novos estudantes, somente no ano de dois mil e nove (2009) um grupo pequeno de universitários ligados a UNISA ajudou e apoiou as famílias desabrigadas pelas cheias do Rio Acaraú, fato que deu grande exemplo, mas não foi o suficientes para juntar mais jovens nessa batalha. Hoje a UNISA encontra-se praticamente inerte, inclusive já sem o seu ônibus, que foi perdido pela falta de compromisso e pasmem, também pela falta de "união" dos universitários, que transformaram a entidade em palco de rinchas politiqueiras demonstradas quando há eleições para presidência, com alguns tentando se auto promover de alguma forma, lembrem-se que a UNISA promove ações totalmente voluntárias, portanto, não há motivos para tanto, ou não deveria haver. A UNISA de hoje, como já havia começado, está muito esquecida, sem qualquer apoio da totalidade dos universitários, somente um grupo continua lutando para mantê-la organizada, promovendo eventos e angariando recursos e doações para sua manutenção, ainda existem esperanças que todos os estudantes mudem seu pensamento e tomem a atitude de fortalecer essa entidade tão importante, pois estariam fortalecendo a eles próprios. Santana do Acaraú possui um grande patrimônio histórico, artístico e cultural, e a UNISA faz parte de tudo isso, vamos preservá-la. 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

TESTEMUNHO DA FÉ, BOA VONTADE E ESPERANÇA DE UM POVO

Utilizo este espaço para falar e publicar sobre a hitória da Capela Nossa Senhora de Fátima da localidade Serrota, em Santana do Acaraú. História contada através dos versos e poesia do saudoso Luís Júnior de Farias, mais conhecido como "O Juniôr", que foi por muito tempo celebrante naquela localidade, mas morava no Sapó de Baixo, de onde por várias vezes saia de bicicleta para chegar até Serrota e realizar de forma totalmente voluntária  e perseverante os seus trabalhos de evangelisação como celebrante, e através de seu poema, que é também um valioso testemunho de uma história de garra e boa vontade, podemos constatar o bem querer que ele tinha pelo povo da Serrota, bem como de todo o povo do Distrito João Cordeiro, portanto, faço este registro para que nunca seja esquecida essa história, e em memória, para que também nunca seja esquecido este conterrâneo santanense do Sapó de Baixo que realizou grande trabalho comunitário, não so para a Serrota, mas para todo o Município de Santana do Acaraú - CE. Vamos conferir a poesia de Juniôr, que conta a história da Capela de Nossa Senhora de Fátima, padroeira da Serrota.

Construção da Capela da Serrota

Chamando o povo a atenção
Expondo a publicidade
Encerrando uma verdade
A qual nos dá prova dum
Produto de boa vontade


Num modesto lugarejo
Por Serrota, conhecido
“Neste termo de Santana”
Um recanto sucumbido
Realizou-se o que Deus
Tinha há muito prometido


Aquele sitio, onde Deus
Tinha já determinado
Que lhe fosse erguido um Templo
Estava hoje habitado
Por povo fiel católico
De boas intenções guiado


Sendo ali proprietário
Um importante senhor
Antônio Rios que era
Da terra todo o primor
Católico regenerado
Amante do Salvador


Este sentia nascer
Em seu terno coração
Desejo de trabalhar
A bem da religião
Erguendo ali em seu bairro
Uma casa de oração


Então ao vigário
O Padre Joviniano
Este contente falou
Ao povo paroquiano
De forma que a campanha
Iniciou-se em ufano


Antônio com esperança
De elevar seu intento
Começou a por as cousas
Em bom organizamento
Empregando todo o tempo
No seu empreendimento


Montou logo uma olaria
Fazendo os materiais
Na qual contente empregou
Homem, menino e rapaz
Pegando-se pelo direito
Que é assim que homem faz


Depois de estarem prontos
Tijolos, telhas também
Antônio, fez transportar
Madeiras de muito além
Botando tudo no ponto
Pois de fato estava bem


Falou então ao Vigário
Que já estava preparado
Para enfrentar a campanha
E queria que fosse dado
 O local para a capela
De acordo a seu agrado

10º

Então coma permissão
Do Bispo diocesano
Junto a um oficial
O Padre Joviniano
Foi dar planta do novo
Templo paroquiano

11º

Foi pelo mês de agosto
Do ano cinqüenta e seis
Pelo dia dezessete
Desse mesmo dito mês
Que foi marcado o local
Onde a capela se fez

12º

Antônio em atividade
Ao mesmo tempo pedia
Auxílios aos seus amigos
E também leilões fazia
Adquirindo com custo
Porém boa vontade havia

13º

Então a um Setembro
Uma data prazenteira
Os oficiais sentaram
Do templo a pedra primeira
Sendo a virgem de Fátima
Tomada por padroeira
14º

Em nove metros de largo
Com vinte de comprimento
Foram enchidos os alicerces
E dado iniciamento
A subir os paredões
Em um bom soerguimento

15º

Com um mês e poucos dias
Que estava em construção
Houve a primeira Missa
Onde o povo em oração
Pedia a Virgem de Fátima
Sua cooperação

16º

Terminada a Santa Missa
O Vigário satisfeito
Falou ao povo pedindo
E então, teve bom proveito
Que aonde o povo tem gosto
Qualquer pedido é aceito

17º

O Vigário prazenteiro
Dizia tenho certeza
Que breve a nossa paróquia
Terá um Templo <<beleza>>
Onde a Virgem de Fátima
Mostrará sua grandeza

18º

Continuo o trabalho
Sem materiais faltar
Os oficiais também
Satisfeitos a lutar
Vendo-se já um milagre
De tudo ali prosperar

19º

Passado um mês novamente
O Vigário com prazer
Celebrou lá outra Missa
Onde pôde conhecer
A boa vontade do povo
E melhor se satisfazer

20º

Naquele tempo o trabalho
Estava bem aumentado
De forma que com um mês
Via-se quase terminado
Pois com seis dias depois
Foi o Templo batizado

21º

Foi isto como sabemos
No dia um de janeiro
Do ano cinqüenta e sete
Que nos surgiu prazenteiro
Parece que dando vivas
Ao pessoal serroteiro

22º

Logo ao alvorecer
Àquele saudoso dia
A passarada cantava
A brisa fresca sorria
Anunciando ao mundo
A novidade que havia

23º

Para o local da capela
O pessoal afluía
Em carros e animais
E de pés, em alegria
Já mais de mil assistentes
Ali se reunia

24º

Às oito horas do dia
Foi chegando em procissão
Nossa Senhora de Fátima
Para tomar posse então
Do Templo que lhe ergueram
Naquele pleno sertão

25º
Se ouvia cânticos e vivas
Em louvor à Padroeira
Fogos no ar explodiam
Há! Que hora prazenteira
Uma imitação dos anjos
Louvando a mãe verdadeira

26º

Então a Virgem de Fátima
Foi no altar colocada
Sendo logo em seguida
Pelo padre batizada
Como também a Capela
Para sempre inaugurada

27º

Às nove e meia ouviu-se
Uma Missa celebrada
Pelo povo que ajudou
Na obra tão sublimada
Recebendo gratidão
De Maria Imaculada

28º

Naquela Missa o Vigário
Fez importante sermão
Elogiando e louvando
O povo por sua ação
E que a Virgem de Fátima
Daria recompensação

29º

De forma que terminou
A cerimônia importante
Ficando o povo contrito
Satisfeito e radiante
Levando lembrança viva
Do quadro impressionante

30º

E lá ficou a Capela
Batizada e consagrada
A Padroeira de Fátima
Onde será venerada
Esta Virgem milagrosa
Na paróquia amada

31º

De lá a Virgem nos chama
Para fazer oração
Dizendo aos pecadores,
Vens que eu vos dou a Mao
Segues os preceitos Divinos
E terás a salvação

32º

E satisfeito demais
Quero parabenizar
Ao senhor Antônio Rios
Pelo seu gênio exemplar
Pedindo à Virgem de Fátima
Para lhe abençoar

33º

Parabenizo também
Ao operário
Ao povo generoso
Querendo deixar lembrando
Caetano Xavier
Sempre o mais interessado

34º

E soltando minha pena
Ponho as mãos e vou orar
Para Virgem Milagrosa
De lá do seu novo altar
Dar-me boas teorias
Para ei melhor versar

35º

Sem nada mais aumentar
Vou pendido ao meu leitor
Pra dissimular as faltas
Deste pequeno escritor

Luís Júnior de Farias (O Juniôr), em 02 de Setembro de 2006.